Malas quase prontas, presentes quase todos comprados, agenda carioca quase toda preenchida, 2024 quase acabando. A vida quase em suspenso. É só o Natal passar, o espumante estourar e 2025 começar.
Oi tudo bem?
Atrasei um pouquinho a news por motivos de… dezembrite. Já tem até nome para essa confusão mental e exaustão que nos acomete no último mês do ano. Achei que fosse passar incólume e tomei na carrapeta. Agora estou aqui, na correria. E sinceramente, eu estou bem feliz. Termino o ano com um jobzito novo, cheia de gás, muitas ideias e a esperança de que 2025 vai ser muito bacana!
Decidi não montar a árvore e não consegui me organizar para colocar em prática a ideia que tive. Ainda assim, a casa está enfeitadinha com a estrela em uma planta, luzes em outra e o pequeno presépio montado. Ano que vem, repenso melhor sobre a árvore e invento alguma moda.
Por enquanto, gostaria que você matasse minha curiosidade aqui: você ainda escreve cartões de Natal ou mensagens mais elaboradas desejando os tradicionais votos de prosperidade e boas festas para amigos, colegas ou familiares?
Aqui em casa, há anos substituímos os cartões de Natal personalizados por mensagens via email. Depois, passamos para as mensagens postadas nas redes sociais, com um alcance maior e uma foto da família. Até que ficamos praticamente só com as mensagens de whatsapp… Eu gosto desse ritual, de pensar no texto e no tanto que temos pra agradecer… Não deixa de ser mais um ritual para encerrar o ano.
No entanto, sinto falta do cartão de Natal que chega em casa, pelos correios… Bobagem, alguém pode dizer. Talvez. Mas é que essa surpresa, esse cuidado, esse tempo é tão significativo e simbólico, não é mesmo? Já falei sobre os presentes e a questão também se aplica aqui: infelizmente, estamos na era da automatização das coisas, inclusive da lembrança e dos agradecimentos.
Ando desejando que em 2025 a gente se lembre mais do querer e não automatize tanto a vida.
Além de dezembrite, a palavra do ano é “brainrot”, traduzido como “deterioração mental” ou “meu cérebro fritou” - palavras da musa Neli Pereira. A Gaia Passarelli fez uma news falando sobre isso.
A palavra do ano de 2024 é “brainrot”, que significa “deterioração mental ou intelectual causada pelo consumo excessivo de conteúdos superficiais e pouco desafiadores, principalmente os de redes sociais”. Perfeito.
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O jeito mais simples de ligar uma coisa com a outra é dizer que estamos todos estafados, em todas as esferas, porque somos viciados em estímulos e o estado atual do capitalismo retroalimenta esse vício.
E vou te dizer, para mulheres de um modo geral, cuja carga mental é absurda, e para as 50+ que estão na perimenopausa ou menopausa, a coisa só piora. Ainda não sei como, mas desacelerar é um comando necessário para 2025.
Vem ai
No melhor estilo ano novo, programação nova, aviso que, em 2025, a Palavras Temperadas terá uma nova temporada. Comentei aqui neste post e reforço sobre a vinda da Helena Peixoto, fotógrafa de mão cheia que embarcou na ideia e vai produzir fotos lindas demais para acompanhar. Na primeira news do ano eu conto como vai ser. Por enquanto, fique com essa foto super chique que a Helena tirou.
Prato do dia - Rabanada
Trago uma verdade que ninguém quer admitir: rabanada é comida para o ano todo. Essa história de ser só no Natal não está com nada!
Sou meio obcecada pela iguaria. Eu sei, a french toast se popularizou e hoje, quase todos os cafés mais moderninhos incorporaram a torrada francesa em seus cardápios. Gosto, mas não é a mesma coisa.
French toast, para ser chamada assim, é aquela feita com pão tipo brioche e quase sempre frita em manteiga. Não leva canela e normalmente vem acompanhada de um creme (inglês) ou mais azedinho e uma geleia. Delicadeza francesa.
A Rabanada é mais brutal. Raiz mesmo. Feita com um pão especial produzido especialmente para ela: uma baguete (ainda se fala bisnaga?) maior, mais grossa, mais massuda sem ser dura. Parece pão de leite, com a casca mais leve, embora firme. Não sei se expliquei direito, mas sei que faz toda a diferença na hora de prepará-la. E a principal diferença: deve ser frita em imersão.
Tem mil receitas, macetes, dicas e etc, para fazer rabanada. E eu tenho as minhas manhas. A primeira, é achar uma padaria que faça o pão…
Depois, cortar fatias mais grossas, quase dois dedos. O pão costuma ser bem grande e vai render umas 30 rabanadas. Separe duas tigelas: uma para o ovo - essa quantidade vai uns seis ovos, mas eu vou colocando aos poucos para não ter desperdício. Bate um pouco os ovos e adicione aquela pitada de sal marota. Em outra tigela: leite, raspas de limão Tahiti e baunilha - pode ser aquela essência ou mesmo a fava. Capriche nas raspas de limão, dá um contraste bem interessante. Passe o pão, primeiro no leite e depois no ovo. Use uma grade para descansar e tirar o excesso. Frite em óleo bem quente.
Depois, é só passar na boa e velha mistura de açúcar e canela. Prontito, temos uma rabanada fresquinha, macia, crocante e deliciosa.
Eu amo comer na hora, mas no café da manhã do dia seguinte, ela fica perfeita demais!
Agora, licença que vou colocar as havaianas e aproveitar as mini férias. Mentira, nem vai dar tempo de colocá-las, mas eu amei esses comerciais das sandálias.
Se der, volto ainda esse ano, se não, que bom que você chegou até aqui comigo. Muita gratidão pelas trocas, interesse, aprendizados, reclamações, incentivo, desabafos.
Foi muito legal estar aqui e ter vocês juntos.
Feliz Natal e um 2025 normal, calmo e justo.
Beijocas
Rê Vidal
Já pode sair em revista, sim! A foto maravilhosa que mostra toda tua beleza!!!
Rabanada no Natal entrou na minha vida por conta da minha sogra, que veja bem, é do Rio!
Amo amo amo!